Saul e a Feiticeira

Inimigos a postos, guerra se levantando, nada de respostas de Deus. Este é o cenário que Saul enfrentava. Em 1Samuel 28, está registrado o desespero do primeiro rei de Israel diante da batalha que culminaria em sua morte.

Todos passam por situações semelhantes algum dia. A diferença está na forma como enfrentamos a situação.

Uma das coisas que precisamos entender que até mesmo o silêncio de Deus é uma resposta. Saul não era aquilo que poderíamos chamar de israelita exemplar. A sua relação com Deus era unilateral, pensando apenas em tirar proveito próprio. Buscava a Deus somente nos momentos em que se encontrava em apuros.

Deus o havia levantado para ser um instrumento em Suas mãos para abençoar o povo de Israel. E para isso era necessário manter comunhão com Ele e estar atento à Sua voz. Mas Saul dispensou essa comunhão.

Com a mesma medida que medimos, somos medidos (Mc 4.23-25). Se não ouvirmos a Deus, Ele não poderá nos ouvir quando clamamos (Pv 1:24-28) e isso só pode ser restaurado com genuíno arrependimento:
Ponha a boca no pó; talvez assim haja esperança. Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta. Porque o Senhor não rejeitará para sempre. Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens. (Lm 3:29-33)
Caso contrário nos enquadraremos neste versículo: O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura (Pv 29:1). São em momentos como esses que somos colocados à prova. Alguns são aprovados, outros reprovados.
Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. (2Co 13:5)
Deus prova nosso coração. E nos deixar saber o que se passa lá dentro. São em momentos difíceis que  é exposto o que está em nosso coração (Dt 8:2).

Saul é prova disso. O rei de Israel, como um temente servidor do SENHOR, expulsou os advinhos e encantadores como previa a Lei de Deus (Lv 19.31 e Dt 18.9-14).

Porém, apesar de expulsá-los da terra, Saul ainda os mantinha em seu coração. Então, diante do silêncio de Deus, se propôs a consultar uma mulher com espírito de feiticeira, já que não conseguia uma resposta do SENHOR.

Nesse ponto, tanto Saul, como muitos cristãos nos dias atuais, vivem um dilema em suas vidas entre aquilo que “querem acreditar” e o que “verdadeiramente acreditam”.

Na Igreja, há pessoas que deixaram seus vícios, atos errados, idolatria, pecados, etc. Mas não os tiraram completamente de seus corações. E quando as coisas se tornam difíceis, elas vêm à tona e caem na tentação.

Quando o SENHOR fala de nos dar um novo coração (Ez 36:25-27) também diz:
Então, vos lembrareis dos vossos maus caminhos e dos vossos feitos, que não foram bons; e tereis nojo em vós mesmos das vossas maldades e das vossas abominações. (Ez 36:31)
É nesse estágio que devemos chegar, para que não caiamos, mas permaneçamos na fé. De coração novo e espírito novo, devemos nos focar em agradar àquele que nos alistou para a guerra (2Tm 2.4).
Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia. (1Co 10:12)
Já que tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito (Rm 15:4a). Então não vamos desprezar esse ensino da Palavra. E examinemos nossos corações.

Deus os abençoe!
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