Edificando Vidas Com Palavras
Atualizado em 18/07/2020
Percebemos que o processo de edificação espiritual passa, também, pelas mãos (e língua) do cristão. A essa altura você pode estar questionando: mas não é Deus que edifica? Está escrito no Salmo 127. Sim é verdade, mas, esse mesmo Salmo, também fala daqueles que trabalham na edificação (pode ser em vão ou não, mas trabalham na edificação). Paulo escreveu em 1 Coríntios 3.9:
Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
Na construção de uma grande estrutura, existe o Engenheiro Responsável
que tem acesso a todo projeto da edificação. Apesar de não
assentar um tijolo sequer, ele é o responsável pela
edificação, por que conhece o projeto completo e supervisiona a
construção. Da mesma forma, Deus tem o projeto completo em Suas
mãos para a vida de cada pessoa e, também, para todo o universo.
Nós não sabemos, assim como o pedreiro não sabe, do projeto em sua totalidade. Para isso devemos ouvir a voz d'Aquele que tem os projetos em Suas mãos para que não seja vão o nosso trabalho. Afinal, como escreveu Paulo: somos cooperadores de Deus. Como então podemos cooperar com Ele nesse processo? Analisemos 1Co 10:23:
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
Partindo das premissas de Paulo, podemos concluir que as coisas que edificam são aquelas que convém ao crescimento da obra Deus, ou seja, se alinham e/ou cooperam com o projeto (plano original de Deus). Porque quando crescemos espiritualmente não devemos nos preocupar apenas com o que é pecado ou não, mas também se convém ou não.
Como cooperadores com o Senhor, antes de seguirmos adiante, devemos nos
perguntar: é conveniente? se alinha com os planos de Deus?
Essa é a responsabilidade do cristão. Vamos analisar alguns
versículos bíblicos e ver o que convém ou não, coopera ou não
com os propósitos de Deus:
Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. (Tiago 3:8-10)
Esse texto é autoexplicativo: não convém amaldiçoar. Ao lançar maldição sobre alguém, não colaboramos nem um pouco com a obra que Deus quer executar. Afinal, como cristãos, somos fonte de bençãos e não de maldições. Ele nos ensina em Nm 6:22-26 a abençoar o povo e declarou o seguinte: Assim,porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.(Nm 6:27, ARC)
Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas. E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; (2Tm 2:22-24)
Há muitas discussões que não nos leva a lugar a algum, pelo contrário sairemos arranhados não importa qual seja a posição tomada. Essas são as questões loucas que devemos evitar. Se elas acontecerem não devemos entrar nelas. Política, futebol e algumas posições teológicas de pessoas apaixonadas são estopim para contendas.
Atualmente temos visto que o ambiente de redes sociais é um criadouro de polêmicas e contendas. O inimigo tem usado mais essa arma. Isso não é uma apologia ao não uso de Redes Sociais, mas a constatação de um fato conhecido. Elas têm se mostrado úteis quando bem utilizadas, mas devem ser observadas determinadas precauções a fim de evitar prejuízos a si e ao evangelho de Cristo.
Como cooperadores de Deus devemos nos atentar para como usamos nossa língua: para abençoar ou amaldiçoar? Sejamos sóbrios e façamos o que é correto à luz do Evangelho de Cristo.